segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A vida é tão inconstante...

Ainda não nos acostumamos com o mutável. Vida é movimento, porém nós,pobres mortais, esperamos que a casa nunca caia, que o bairro não se modifique, que o carro não enferruje e que a família não se vá.
A ampulheta do tempo não para e enquanto isso sua rua já se transformou, no lugar daquela praça hoje há um prédio, as crianças que moravam na esquina hoje já têm filhos e você já tem barba e seu pai ainda nem acostumou-se a ser pai direito.
A vida é tão inconstante que precisamos ir tateando-a, pensando que à cada dia as coisas serão melhores e que  nossos sonhos, enfim serão realidade.
Contudo, há algo que é permanete no meio dessa transitoriedade, o carinho e amor que vivenciamos nas verdadeiras relações. Cada pessoa do nosso passado deixou em nós um sorriso, um abraço, um olhar, uma bronca, uma piada.
E mesmo que sejamos mutantes, que pelo menos, a saudade dos nossos antigos amigos e amores, seja eterna. 

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Londrina- última parte

A estadia em Londrina foi marcada pelo calor, tempo sempre magnifico, com muito sol, o que me rendeu belíssimas fotos à beira do Lago Igapó. Logo, um dos verbos mais conjugado nas minhas férias, foi “fotografar”. Contudo, outros dois também “marcaram presença”: Comer e dormir. Exercitar o corpo? Nem em pensamento, apenas minha câmera digital, vez ou outra, entrava em ação.
Desta vez, diferente das outras que estive na segunda cidade mais populosa do Paraná, tive a oportunidade de experimentar o melhor suco da cidade, sem dúvidas. Qualquer combinação é “matadora”. Limão com abacate, framboesa  com pêssego, morango com manga...e por aí vai. Combinações um pouco surpreendentes, mas o sabor é inenarrável.
                Com uma visita a um dos shoppings da cidade, Royal Plaza, onde comprei um vestido e alguns acessórios, cheguei a conclusão de que eu daria menos despesas a minha mãe caso eu morasse em Londrina, pois há mais opções de coisas boas, bonitas e baratas lá do que aqui, em Campo Grande.
                Não houveram grandes motivos de interesse a vocês, leitores, porém para mim, cada momento foi muitíssimo prazeroso, afinal estava ao lado daqueles que amo, minha família.
                O dia menos desejado chegou. Desejavámos ficar um pouco mais, porém na madrugada de hoje, ainda sem manhã raiada, vim embora, acompanhada dos meus pais e mais duas primas, que foram me buscar.Levantamos cedo, mais que o costume, as coisas já estavam arrumadas e guardadas no carro. Vestimo-nos e partimos.
Deixamos o centro para trás e a estrada que tomamos nos exigia um pouco de atenção, caso contrário, poderíamos pegar a estrada errada. Porém, apesar de tantos olhos dentro de um mesmo carro, enxergamos a placa que indicava nosso caminho muito “em cima da hora”, logo estávamos numa estrada rumo a Foz do Iguaçú. Plano B: Acharmos um retorno. Achado,tudo sobre controle!
A viagem avançava em bom ritmo, assim como o trânsito, no entato e felizmente, o movimento era maior no sentido oposto.
Chegando em casa, hora de despedirmo-nos do feriado, e para mim, das férias. Agora, resta-nos voltar aos dias com horários certos para dormir e acordar. Chega de trocar o dia pela noite! Haha~
Aguardo ansiosa a próxima vez ;] 


Iate Clube- Lago Igapó

Suco da "Rodô"

Iate Clube- Lago Igapó


Londrina-Parte 3

Hospedada na casa da minha tia Maria do Carmo, ou melhor, a tia Lica, é impossível dormir antes das 3 da manhã. Na casa dela o pessoal troca o dia pela noite. Vamos dormir sempre ao amanhecer, acordamos ao entardecer, almoçamos quase no horário do jantar e os passeios são, de preferência a noite, e melhor ainda se for de madrugada. 
Eis que durante uma dessas madrugadas em claro, conversando, como de costume, afinal quase não gostamos de fofocar, entre taças de vinho lembrei-me de um texto, feito há algum tempo e ainda sem título...


Largue este copo e beija-me
Beija-me com os beijos da tua boca
Pois melhor é o meu amor do que teu vinho
Mais suave é o meu aroma
Do que este derramado em teu nome
Leva-me tu, correremos juntos
Introduziram-me em tua vida
E em ti me regojizo  e me alegro
Do teu amor me lamberei  mais do que do vinho
O sol parece resplandecer sobre ti, guarda das vinhas
Diga-me como me amas
E se não sabes , mais formoso entre os homens
Sai-te pelas terras cobertas com videiras
E devolva-me a vida

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Londrina- Parte 2

Conclusão de ontem: Lugares onde há bebida alcoólica são usinas geradoras de ideias para nossa evolução política e social.
Quer um exemplo? Dou como tal, o churrasco de ontem em comemoração aos 20 anos da torcida organizada do time Londrina Esporte Clube, Falange Azul. Na mesa o assunto foi conforme o "andar" dos últimos dias. O que saiu no jornal foi parar na "pauta". Opiniões uniram-se e as decisões, nossa, essas se abundaram. 
Para você ter noção, decidiram na mesa, o futuro do Egito, a Nova Ordem da política na Líbia, destituíram o governo da Síria e até suspeitas acerca do governo Obama teve na "sessão".  Já nas questões nacionais, por consenso, decidiram emitir mandatos de prisão irrevogável de todos os políticos envolvidos com corrupção. 
Divergências? Havia, claro, mas é assim mesmo que funciona o "sistema", não é? Uma coisa é certa, a opinião de cada um teve o seu valor.
 Ah! Outra conclusão: esse "plenário", enfeitado por barris de chopp, também foi uma ferramenta que funcionou melhor que uma sessão de psicanálise, pois ao fim do dia todos os "membros" da mesa rumaram para suas respectivas casas embriagados... Embriagados pelo próprio sucesso, afinal suas ideias poderiam por fim em todos os problemas da face da Terra, né?! kkkkkkkkkk
Comemoração: 20 anos da torcida organizada Falange Azul 

Londrina- Parte 1

 Na rodoviária um homem aproximou-se de mim,falou coisas que eu não entendia, evitei olhá-lo, querendo afastá-lo com a minha indiferença. Percebi que queria dinheiro, relutei em dar-lhe, mas não teve jeito, meu coração é mole para essas coisas. Saquei a carteira e lhe dei 4 reais. Ele disse à mim e para as outras pessoas próximas que precisava inteirar uma passagem de volta para casa. Estava vindo do Rio Grande do sul, onde foi visitar o filho doente.Disse que morava na Bahia, e continuaria ali na rodoviária até conseguir o valor da passagem de volta. Tinha a esperança de pegar o ônibus da meia noite. Entrei no ônibus, rumo a Londrina, e o homem afastou-se, procurando por mais "almas caridosas". 
Cheguei ao meu destino e fui procurar um lugar para sentar-me até a chegada do meu irmão que iria me buscar.
Moça! Chamou-me o chão. Não era o chão e sim uma pessoa, acocorada junto à parede.Ela estava com um bebê mole no calor, largado em seu colo, ao nível dos meus pés. Queria dinheiro para comprar o que comer. Eu disse que não tinha.Partiu-me o coração dizer isso, porém não há como ajudar todos que me pedem.
Percebi que basta sair de casa para ver tantas mãos estendidas clamando por ajuda.
Nessas horas é inevitável alguns questionamentos que surgem. 
São tantas disparidades sociais e econômicas observadas nesses momentos, que a vida parece cada vez mais absurda e sem sentido. Já pensei , por diversas vezes, que somos meros produtos do acaso, porém é difícil aceitar que possa haver alguma existência destituída de algum propósito.
À semelhança de órfãos vivemos questionando de que lugar  viemos, quem realmente somos e para onde vamos.
Parecem ser tantas perguntas sem respostas que é melhor pensar positivamente. Pensar que a vida tem significado, que não estamos sozinhos, que em algum lugar há um ser maior que cuida de nós e que pode acabar com todo esse sofrimento.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Eu quero mesmo é escrever...



No meu olhar de alegria há um brilho 
que como astro assinala em mim 
um áureo trilho.
Meu humor não é estado de espírito
É visão de mundo.
Sei que não tenho muito talento 
para sofrer, 
digo isso à quase todo mundo. 





Não bastou rios que corriam para o mar
E nem montes que faziam sombras aos vales
O homem em suas recordações
Não guardou os benefícios recebido.
Ganhas-te tanto, contudo faltou-lhe algo a mais: 
Um coração agradecido.
Sozinho, na imensidão, deu-se conta 
que o ponto mais alto da sua moral
consistia na gratidão.


É ao afastar-me deles que posso sentir a falta
E quando me transporto para meu monte 
Posso regojizar-me e observá-los
Sou bem-aventurada por tê-los ao meu lado
Pois os tenho sem pedir
E por chorar por eles
Pois sei que serei consolada
Com minha mansidade herdei lindas recordações dessas amizades
E com os olhos do meu enorme coração enxerguei cada lado bom
Assim, descobri que vivo para junto à eles
Sorrir.


quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

"Estranho seria se eu não me apaixonasse por vocês"



Mais um texto daqueles que faço questão de postar  novamente:


Para meus amigos!


Quero ter mais de meio século de existência e consciência de que vivi mais do que muitos dos meus conhecidos.
Não quero morrer percebendo que pouco da minha vida será do conhecimento de vocês. Imagino-os contando sobre algumas passagens da minha velhice. Das minhas lutas, esperanças e paixões. Sei que nem sempre será fácil relembrarem dos fatos passados, pois eles, como garras, apertarão seus peitos e ameaçarão pararem seus corações.
É que às vezes me sobressalta um medo da morte e apresso-me a dizer-lhes que não posso principalmente durantes nossas despedidas,deixar de falar-lhes o quão importantes são, pois não saberei se os verei novamente.        
Porquanto, enquanto há o oxigênio e consigo manter-me viva, repito-lhes como os amo de paixão!